Tudo indica que estamos próximos de uma nova revolução industrial. E, ao contrário do que muitos imaginam, o que estará em jogo não é a produção de energia ou de alimentos, mas de algo muito mais específico: a produção de inteligência.

Por isto, é possível que num futuro não tão distante todos os governos do mundo estejam discutindo a criação de suas próprias “IAs Soberanas”, ou seja, a codificação de toda a inteligência desenvolvida dentro de sua sociedade. Todos os dados de um país – sejam eles de cidadãos, empresas privadas ou órgãos públicos – seriam administrados por uma “IA nacional”, e apenas o próprio país teria o domínio sobre todos os dados que existem dentro daquele território. Na prática, isso facilitaria todo o trabalho que hoje pertencem aos órgãos de inteligência, com o potencial de resolver em minutos investigações que hoje se desenrolam por meses, além de facilitar a identificação de qualquer ameaça à soberania nacional.

É possível já ver os primeiros passos sendo dados para a formação deste futuro: recentemente Jensen Huang, CEO da NVIDIA, defendeu a ideia de uma IA soberana no World Government Summit em Dubai – coincidentemente, o primeiro país do mundo a possuir um “primeiro ministro” dedicado exclusivamente para as aplicações de IA e em como elas podem ser utilizadas pelo governo.

Claro que isso pode ser apenas mais uma tentativa da NVIDIA em emplacar um discurso para vender mais – afinal, é o hardware da empresa que tem sido o mais utilizado para montar os computadores e servidores necessários para rodar uma IA. Mas, mesmo que seja apenas marketing, parece estar funcionando: a NVIDIA já é a 3ª empresa mais valiosa do mundo, e se mais países comprarem a ideia da IA Soberana como os Emirados Árabes, ela tem tudo para largar na frente da Microsoft e Apple no que promete ser próxima revolução tecnológica do século XXI.

Com informações da NVIDIA