Parece brincadeira mas é real: a Meta Platforms, marca detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp no Brasil, não poderá mais utilizar o nome Meta no país. A determinação é do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que deu à empresa de Zuckerberg 30 dias para mudar de nome no país, pagando uma multa diária de R$100 mil caso não cumpra o determinado.
A decisão foi tomada após uma queixa da Meta Serviços, uma consultoria de transformação digital que utiliza a marca “Meta” no país há 34 anos. O problema é que a empresa ligada às redes sociais de Mark Zuckerberg entrou no Brasil com o nome de Facebook, e apenas em outubro de 2021 que mudou o nome para Meta.
A empresa brasileira alega que essa mudança tem gerado diversos problemas para ela, que se tornou ré em 143 processos judiciais que, na realidade, deveriam ser endereçados para o Meta Platforms. Ela ainda afirma que, só nos últimos meses, foi designada a comparecer em 49 audiências relacionadas ao Facebook, onde terá que enviar um advogado em juízo apenas para dizer que “é a outra Meta”.
Além de mudar de nome, a decisão também afirma que a Meta Platforms deverá comunicar em seus canais oficiais que a Meta Serviços, que é detentora da marca “Meta” no Brasil há mais de 30 anos, e que não há qualquer relação entre as duas empresas.
A Meta (a do Facebook) ainda não se pronunciou sobre a decisão, mas provavelmente irá entrar com recurso, já que não foi uma decisão em última instância. Agora, se ela for mesmo obrigada a trocar de nome, resta saber se escolherá o sinônimo mais próximo no dicionário (Enfia?) ou talvez reaproveitar alguma das marcas que ela abandonou pelo caminho (alguém aí lembra da Libra?).