Viva para sempre ou morra tentando: o biohacking é a mais nova moda entre milionários

Viva para sempre ou morra tentando: o biohacking é a mais nova moda entre milionários

Não é de hoje que os super-ricos buscam por formas de tornar seus corpos mais saudáveis e viver mais, e o dinheiro não é problema nesta busca. Ao contrário – o dinheiro costuma ser a solução.

Por isso, a nova moda entre quem nunca precisou se preocupar com os boletos no fim do mês não é mais fechar clubes para festas particulares ou alugar andares inteiros de um hotel, mas se encontrarem em “clubes de biohacking” – lugares onde poderão usufruir de tratamentos experimentais que prometem aumentar a expectativa de vida das pessoas.

Por dentro dos “clubes de biohacking”

Saunas e spas se tornaram locais da classe média: os ricos de verdade estão é nos clubes de biohacking. Esses lugares se assemelham às clínicas de saúde e bem-estar que já conhecemos, mas são especialistas em oferecer tratamentos alternativos que tem o objetivo de retardar o envelhecimento e aumentar a expectativa de vida de quem os utiliza. Alguns exemplos desses tratamentos são as câmaras de crioterapia (exposição do corpo a temperaturas extremamente baixas com o objetivo de forçar o rejuvenescimento das células) as “máscaras vampíricas” (injeções que lembram o botox, mas ao invés de uma toxina é injetado na sua pele uma substância sanguínea rica em plaquetas, usada para retardar o envelhecimento da pele).

Um dos mais famosos desses clubes é o Remedy Place, em Nova York. Considerado como o primeiro “clube social de bem-estar”, ele permite que os membros socializem como em qualquer clube de campo ou de golfe, mas essa socialização é feita em câmaras de oxigênio, saunas infravermelhas e infusões de vitaminas na veia.

Outro desses clubes mais famosos é a Longevity House em Toronto, que oferece uma variedade de serviços que vão desde treinamentos para melhorar a sua respiração até exercícios aeróbicos monitorados por IA, voltados para melhorar a taxa de aproveitamento de oxigênio pelo seu organismo.

Resultados duvidosos

Estes tratamentos já possuem muitos adeptos que garantem que sentem a diferença em seus organismos. Talvez o mais famoso deles seja Lebron James, o astro da NBA que credita às sessões de crioterapia como um dos motivos de ter uma carreira tão longa. Aos 39 anos de idade em em sua 20ª temporada na NBA, Lebron não apenas continua quebrando recorde atrás de recorde, mas ainda é um dos melhores jogadores da atualidade quando entra em quadra. Nunca na história do basquete – ou de qualquer outro esporte coletivo – um jogador chegou aos 39 anos em tão alto nível quanto James.

Também há outros tipos de terapias mais “normais” que também tem dado resultados para muitas pessoas: Phil Libin, ex-CEO da Evernote, revelou que se sente mais energizado seguindo uma rotina que consiste em jejum por 8 dias seguidos, e muitos artistas e atletas utilizam imersões em água quente e gelada para acelerar a recuperação dos músculos. E, claro, existem também aqueles que são tão estranhos que parecem saídos de filmes de terror: por exemplo, a atriz Sandra Bullock revelou que utiliza tratamentos baseados no prepúcio (sim, aquela pele que cobre a ponta do pênis) de bebês recém-nascidos para manter seu rosto mais jovem.

Mesmo assim, muita gente ainda duvida desses tratamentos pelo fato de não haver estudos científicos sérios que comprovem a eficácia de muitos deles. E uma dessas pessoas é Bryan Johnson, o fundador da Kernel e da Blueprint e que, no ano passado, ganhou os noticiários por participar de um tratamento que consistia em usar um pouco do sangue de seu próprio filho para acelerar a recuperação das células. Ele revelou que abandonou a terapia após 6 sessões, pois não apenas não sentiu nenhuma diferença como todos os exames que ele fez para monitorar a eficácia do tratamento mostraram que ele não modificou absolutamente nada no organismo.

Claro, a busca pelo o que a tecnologia pode fazer por nossos corpos não deve parar tão cedo – a Neuralink tá aí pra provar que até a cibernética é um caminho cada vez mais real – e talvez o dinheiro possa mesmo comprar um corpo mais saudável. Mas, pelo menos por enquanto, ainda é impossível dizer o quanto desse “biohacking” traz resultados reais e o quanto é só placebo.

Com informações de Decrypt

Compartilhe:

Não perca nenhum conteúdo!

Inscreva-se na newsletter do Innovation Hub Show

Não perca nenhum conteúdo!

Inscreva-se na newsletter do Innovation Hub Show

Faça parte da maior comunidade de tecnologia e inovação do país!

Siga o Innovation Hub Show nas redes sociais e onde você escuta seus podcasts.