O futuro das marcas está nas comunidades, não nas redes sociais

Não sei se você já percebeu, mas ó: as redes sociais estão morrendo. Principalmente quando falamos delas como um lugar para cultivar a imagem de uma marca e a lealdade de seus consumidores.

As mudanças constantes de algoritmo – uma hora prioriza vídeo, depois o que dá alcance é texto + foto, de repente texto + foto passa a ser o que derruba a exposição do seu perfil, e parece que a cada mês os profissionais de social media precisam passar na benzedeira, fazer uma oferenda na encruzilhada e se consultar com os orixás para descobrir quais são as novas regras que definem o que é destaque ou não nas timelines – somado a recentes esforços de “paywallização” de algumas dessas redes (basicamente a liberação de funções essenciais apenas para usuários que pagam uma mensalidade) torna cada vez mais esses lugares um “cemitério” para as marcas que querem criar um sentimento de comunidade com os seus clientes. Mas qual seria a saída?

Ora, criem suas próprias comunidades!

Motivos para criar comunidades

Mas, por que eu deveria me esforçar para criar a própria comunidade do meu negócio ao invés de só investir para alcançar novos públicos? Primeiro, porque é muito mais barato convencer clientes que já te conhecem a efetuarem novas compras do que convencer alguém que nunca utilizou os seus serviços a fazer isto pela primeira vez – pesquisas indicam que o custo de aquisição pode ser até 10 vezes menor.

Outro ponto é o ticket médio: pessoas que já conhecem e gostam do seu negócio costumam gastar mais com a sua empresa do que aquelas que estão te dando uma primeira chance. Ou seja, criar – e manter – uma comunidade de amantes do seu negócio não só irá diminuir o custo de aquisição para cada cliente, como também aumenta o ticket médio das compras no seu negócio.

E há ainda um terceiro a ser considerado: nós estamos em uma era em que, ao mesmo tempo que buscamos atrair o máximo da atenção das pessoas, também vivemos em um período altamente dividido e onde quase todas as interações na internet evoluem para brigas. Ao criar comunidades fora das redes sociais, as marcas podem não só reter mais da atenção de seu consumidor – afinal, eles estarão num meio onde não haverá concorrentes ou marcas de outros segmentos buscando a atenção de um mesmo cliente – como também é mais fácil evitar que as discussões debandem para um lado mais tóxico, pois todos naquela comunidade sabem que tem um interesse comum na marca e, assim, são menos propensos a desviar do assunto principal e entrar em discussões mais agressivas.

Agora, se você é uma pessoa que gosta de números, aqui vão alguns: empresas que criam as próprias comunidades (basicamente, apps próprios que possuem algumas funções típicas de redes socias, como a possibilidade de publicar, compartilhar e interagir com publicações) aumentam em até 40% a retenção de clientes, em 35% o engajamento, em 30% o crescimento do negócio e em quase 3 vezes suas receitas.

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Exemplos para seguir

Um ótimo exemplo de marca que trabalha bem sua comunidade é a Noom, que desenvolveu um app próprio que não só oferece opções de treinos e dietas para seus clientes, como também funciona como uma rede social somente de pessoas que estão interessadas em melhorar a qualidade de suas vidas. Assim, as clientes que, num primeiro momento, pagam para ter acesso aos serviços básicos de treinos e dietas, continuam pagando – e adquirindo novos serviços – porque passam a participar de comunidades lá dentro, com pessoas que tem os mesmos interesses e buscam um mesmo objetivo.

Outro bom caso de criação de comunidades vem de uma empresa muito mais tradicional: a Harley Davidson. A marca sempre teve uma das bases mais leais de qualquer nicho, e conseguiu transformar com sucesso essa lealdade em uma comunidade de pessoas que utilizam o app próprio da marca como uma rede social exclusiva para amantes de motos e de “pegar a estrada”. Em contrapartida, a marca mantém um vínculo estreito com um público que já tem paixão por ela, e isto facilita a conversão em vendas.

Assim, a dica para qualquer marca que está com dificuldades para manter seu público engajado nas redes sociais é: já pensou em sair delas? Invés de investir num marketing para satisfazer um algoritmo cheio de mudanças de humor, que tal investir em criar uma comunidade de clientes dentro de um espaço que você mesma é dona?

Dá trabalho? Ô se dá! Mas os resultados a médio e longo prazo podem superar todas as suas expectativas.

Com informações de MarketingProfs


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